Embrapa busca parceiros para pesquisas com fruteiras nativas
Abertas, até o próximo dia 7 de junho, as inscrições do edital Inovafrut oferecem chamada pública do Programa de Inovação Aberta em Fruticultura Tropical da Embrapa, que, entre, outras soluções, visa fomentar inovações de suporte tecnológico à inclusão sócio produtiva de agricultores individuais ou de comunidades rurais associadas para a produção extrativista de espécies frutíferas nativas. Confira as modalidades, requisitos e contrapartidas no edital disponível aqui.
Mais informações devem ser solicitadas ao e-mail inovafrut@embrapa.br
O edital público é uma iniciativa da Embrapa e pretende fomentar projetos de inovação em formato de investigação participativa com os setores produtivos promovendo aquilo que a estatal está chamando de “co-criação”. Nessa modalidade a entidade não transfere recursos diretamente para os parceiros. “São recursos para a financiarmos as ações de responsabilidade da empresa dentro dos projetos em conjunto”, explica o pesquisador Francisco Laranjeira, da Embrapa Mandioca e Fruticultura (Cruz das Almas, BA), que, no ano passado, liderou um edital de pesquisa considerado piloto para o programa deste ano.
Além das fruteiras tropicais mais conhecidas, a empresa quer investir também nas espécies frutíferas nativas brasileiras, como o umbu-cajá e a jabuticaba, por exemplo. “É importante que os proponentes do setor produtivo apresentem suas demandas de pesquisa para serem contempladas em projetos construídos em conjunto com a Embrapa e se comprometam a aplicar os resultados”, diz Patrícia Bustamante, da Embrapa Alimentos e Territórios (Maceió, AL), que tem orientado seus os colegas analistas nessa área.
Inovação aberta
O financiamento visa também desenvolver soluções tecnológicas por meio dos mecanismos abertos de inovação, premissa já prevista no Marco Regulatório de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I).
São três as modalidades de parcerias: de médio e grande porte, de micro e pequeno porte e para Inovação Social. O edital não pretende selecionar projetos prontos, mas propostas que poderão ser desenvolvidas pelos proponentes em parceria com alguma das sete Unidades de pesquisa da estatal na Região Nordeste.
“O primeiro objetivo do programa é manter o acesso aberto aos agentes do setor produtivo e reforçar que a Embrapa está disposta a trabalhar com eles. Agora, temos a participação de Unidades de produto, temáticas e ecorregionais da Embrapa, o que traz muito mais temas disponíveis para as cadeias produtivas e, provavelmente, mais cobertura territorial”, afirma Laranjeira.
As propostas vão ser selecionadas por um comitê específico. “O edital é único, mas, quando as propostas chegarem, as Unidades vão fazer a sua seleção, com seus próprios critérios, sem interferência das outras”, explica.
*com informações da assessoria de imprensa