Arborização Urbana é tema de Fórum na capital paulista
Em junho, o Crea-SP realizou o Fórum Estadual de Arborização Urbana. Os entraves para a boa gestão da arborização urbana, os avanços, a legislação do estado de São Paulo e os bons exemplos da área foram alguns dos temas abordados durante o evento, que ocorreu na sede do Conselho.
Gestores públicos e profissionais das áreas técnicas compunham o perfil dos participantes na plateia e entre os palestrantes. Com o avanço das palestras, ficou claro o consenso, entre os presentes, sobre o papel essencial de responsáveis técnicos à frente de atividades que envolvam projetos, plantios, podas, transplantes, manejos e supressão de árvores.
A diretora administrativa da AEASP, Ana Meire Figueiredo, foi responsável pela organização do Fórum de Arborização Urbana, na condição de coordenadora do Comitê Multidisciplinar de Arborização Urbana do Crea-SP. Na ocasião, ela festejou os resultados do trabalho realizado pelo grupo. “Idealizávamos esse evento desde 2019, mas chegou a pandemia e tivemos de adiar. Neste ano, colhemos diversos frutos desse trabalho, como a fiscalização do Crea-SP no setor de arborização das prefeituras e a concretização desse encontro”, disse.
Representando a vice-presidente no exercício da presidência do Conselho, Lígia Marta Mackey, o diretor administrativo do Crea-SP, Mamede Abou Dehn Júnior, destacou, na abertura do evento, que o conteúdo apresentado pode ser replicado nas cidades pelos profissionais da área tecnológica, pois a arborização contribui para mais qualidade de vida para a sociedade.
Na avaliação da superintendente de Fiscalização do Conselho, Maria Edith dos Santos, a arborização é uma questão de saúde pública, e, em sua palestra, ela compartilhou os resultados parciais da fiscalização na área. Edith informou que, ao todo, foram 358 prefeituras oficiadas pelo Crea-SP, das quais 285 respostas seguem em análise.
“Após o relatório do Comitê, identificamos a necessidade de intensificar a atuação dos agentes fiscais nessas atividades. Prefeituras, empresas prestadoras de serviços de poda e corte de árvores, e concessionárias de energia estiveram no foco da fiscalização”, salientou a superintendente.
Compuseram a mesa de abertura, ainda, a coordenadora da Câmara Especializada de Agronomia (CEA) Adriana Mascarette, e o assessor da presidência do Crea-SP, Daniel Montagnoli Robles.
Projetos de arborização urbana
Além da palestra sobre a fiscalização do Crea-SP focada em arborização urbana, ministrada por Maria Edith dos Santos, a programação trouxe também exemplos de boas práticas para servir de inspiração aos profissionais da área tecnológica.
foi apresentado pelo da cidade, Eng. Amb. João Vitor Marega, secretário de Planejamento e Desenvolvimento de Adamantina, apresentou estudo de caso do município sobre compostagem por meio de resíduos oriundos da poda de árvores.
O composto orgânico produzido pela Usina de Compostagem Municipal é distribuído aos produtores rurais de agricultura familiar, que já passaram por treinamentos e estão certificados pela Prefeitura. Na próxima etapa da cadeia agroambiental, os alimentos são vendidos para a gestão municipal no Programa de Aquisição de Alimentos (PAAM). A iniciativa tem apoio da União Europeia, através do projeto EuroClima, e da Energisa.
O engenheiro agrônomo José Walter Figueiredo Silva, membro do Comitê Multidisciplinar de Arborização Urbana e idealizador do Programa Município VerdeAzul (PMVA), do governo do Estado, tratou sobre a Resolução nº 81/2021 da Secretaria de Infraestrutura do Meio Ambiente (SIMA), que estabelece os procedimentos operacionais e os parâmetros de avaliação da certificação do programa. Além disso, destacou pontos importantes que devem constar em diagnóstico do município para cumprir ao disposto pelo governo.
Figueiredo destacou que a arborização implantada sem planejamento ou acompanhamento profissional especializado resulta em transtornos, pois interfere nos serviços públicos e precisa ser submetida a manejos inadequados. “A arborização deve ser amparada por estudos tecnocientíficos, projetos, implementação e manutenção de custos compatíveis com o orçamento municipal. Para realizar tais atividades técnicas, é preciso contratar um profissional habilitado pelo Crea-SP, um engenheiro agrônomo ou florestal”, concluiu.
Fonte: CDI Comunicação/Crea-SP.