• LinkedIn
  • Instagram
  • Twitter
  • Facebook

Goiás terá 13 biofábricas para pesquisar biológicos

Home Notícias / Goiás terá 13 biofábricas para pesquisar biológicos
Goiás terá 13 biofábricas para pesquisar biológicos

Goiás terá 13 biofábricas para pesquisar biológicos

22 de dez de 2021 Notícias

Goiás espera criar, já no ano que vem, o maior ecossistema de inovação em bioinsumos do Brasil. A pesquisa do segmento ganhará o reforço de 13 biofábricas em 2022. O investimento de R$ 8 milhões para o desenvolvimento e a disseminação da tecnologia foi anunciado nesta terça-feira (14/12), durante reunião na Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). O evento atraiu representantes de produtores rurais, órgãos estaduais e federais e instituições de ensino, pesquisa e assistência técnica. O grupo definiu 27 objetivos estratégicos para os próximos meses.

Os equipamentos para as biofábricas começarão a ser adquiridos no início do ano, com recursos do Tesouro Estadual. Nove biofábricas serão instaladas em unidades do IF Goiano, no interior do Estado; duas na Universidade Estadual de Goiás (UEG), em Anápolis; e mais duas na Universidade Federal de Goiás (UFG), em Goiânia. A UEG prevê ainda o aporte de recursos em uma linha de pesquisa específica sobre bioinsumos.

Durante o evento, o titular da Seapa, Tiago Mendonça, destacou as vantagens dos insumos biológicos. “São produtos de baixo impacto ambiental, que reduzem custos e aumentam a qualidade da produção. Produzindo bioinsumos dentro da propriedade (on farm), o produtor reduz riscos e garante um maior controle da sua atividade”, afirmou. Para ele, neste momento de grande dificuldade provocada pelo aumento dos preços dos insumos importados, os bioinsumos “surgem como uma luz e já são uma das grandes pautas do agro no mundo todo em relação à segurança alimentar”.

Mendonça ressaltou o empenho do governador Ronaldo Caiado para viabilizar a iniciativa. “Goiás foi pioneiro na aprovação de uma Lei Estadual de Bioinsumos e que está servindo de modelo para outros Estados. Com todos trabalhando juntos e estes investimentos a caminho, ganharemos novo impulso na pesquisa e disseminação de conhecimento sobre bioinsumos”, pontuou.

Presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás, Robson Vieira explicou que parte das estruturas adquiridas para as biofábricas serão destinadas para pesquisa e inovação, outra parte para avaliação de qualidade do produto e transferência de conhecimento ao produtor. “É necessária a pesquisa e também a transferência de conhecimento de forma cuidadosa, com qualidade, criando metodologia, de forma a propiciar redução de custo e aumento da produção lá na ponta”, argumentou. “Este é um trabalho que vai começar no ano que vem e que vai se desenvolver pelos próximos 10 ou 11 anos”, acrescentou.

Independência

O chefe-geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto, lembrou que a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) pesquisa bioinsumos desde sua fundação, na década de 1970. O órgão ligado ao Governo Federal tem uma expertise reconhecida no assunto. “Os bioinsumos funcionam, sou testemunha disso como pesquisador”, reforçou. Neto disse estar emocionado por ver a iniciativa em favor dos insumos biológicos prosperar dentro de uma secretaria estadual. “Essa jornada é importante porque vai dar independência ao produtor. Que Goiás seja líder nesta área.”

Já o presidente do Grupo Associado de Agricultura Sustentável (GAAS), Rogério Vian, defendeu que os bioinsumos são tecnologias acessíveis para produtores de todos os portes, do pequeno ao grande. Ele elogiou o Programa Estadual de Bioinsumos do Governo de Goiás: “É um trabalho muito bem feito. Não é um programa de Estado, é um programa de País”. Vian, que é produtor de soja e utiliza bioinsumos em sua propriedade em Mineiros, no Sudoeste do Estado, garantiu os benefícios proporcionados pelos bioinsumos são fatos. “Eles já estão revolucionando a agricultura”, declarou.

Fonte: Agrolink

Texto: Eliza Maliszewski